A abertura de empresas em Minas Gerais, entre janeiro e outubro de 2019, aumentou 13,48% em comparação com os 10 primeiros meses de 2018. No mesmo período, também foi verificada alta no fechamento de empresas, que ficou 6,13% superior. Os dados são da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg).

O levantamento mostra que, de janeiro a outubro, foram constituídas 45.715 empresas em Minas Gerais, contra 40.282 no mesmo período de 2018. Somente em outubro, foram constituídas 5.155 empresas, frente às 4.115 registradas em igual mês de 2018, o que representa uma elevação de 25,27%.

O presidente da Jucemg, Bruno Falci, explica que dentre os fatores que estão impulsionando a abertura de novas empresas no Estado estão as ações do governo estadual voltadas para a desburocratização dos processos, o que tem estimulado empresários que antes trabalhavam na informalidade a legalizar os negócios.

“A determinação do governo estadual é de que devemos trabalhar para facilitar, desburocratizar e criar agilidade para o empresário. Então, neste sentido, nós, da Junta, criamos o registro automático. Isso permite que o empresário, de um computador, consiga abrir, fechar e alterar contrato, na maioria dos casos. Com isso, acreditamos que várias pessoas que trabalhavam na ilegalidade passaram a formalizar os negócios e abrir as empresas. A formalização é extremamente importante para a economia mineira e para um bom ambiente de negócios em Minas Gerias”, explicou Falci.

Ainda segundo Falci, o cenário econômico também vem mostrando reações que trazem mais segurança para que o empresário abra uma empresa. Entre os fatores positivos para a melhora da confiança, segundo Falci, estão o crescimento – ainda que pequeno – do Produto Interno Bruto (PIB), o aumento do número de empregos com carteira assinada, a queda da taxa de juros, aprovação da reforma da previdência, o cadastro positivo e o maior acesso ao crédito.

“O cenário econômico, apesar de ainda estar muito turbulento, tem dado sinais de melhora. Isso traz mais segurança para os empresários na hora de tomarem a decisão de abrirem uma empresa. O empresário trabalha com o futuro, e já está enxergando um ambiente, para os próximos meses e anos, mais favorável. Então, já estão constituindo as empresas para aproveitar a nova onda de desenvolvimento pelo qual o Brasil deve passar”.

Ao longo do ano, também foi verificada alta no fechamento de empresas mineiras. Além do cenário econômico ainda instável e da recuperação econômica mais lenta, a desoneração concedida pela Jucemg para o encerramento de empresas também contribuiu para a elevação das extinções.

De acordo com dados da Junta Comercial, em outubro de 2019, foram extintas, em Minas Gerais, 4.240 empresas, ante as 3.312 empresas fechadas em igual período de 2018, alta de 28%.

No acumulado do ano até outubro, o aumento foi de 6,13%, com 32.082 empresas encerradas, ante as 30.227 extintas entre janeiro e outubro de 2018.

“Há cerca de dois meses, os encargos para o fechamento de empresas, em algumas modalidades, foram isentados. Com a desoneração, os empresários estão regularizando a situação de várias empresas que estavam desativadas. No Brasil, não é fácil fechar uma empresa, por isso, existe um excesso de empresas que estavam desativadas há mais tempo e estão formalizando agora. Além disso, também temos empresas que fecham porque a economia está em processo de recuperação econômica, ainda não tivemos um crescimento importante”, explicou Falci.

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