Inadimplência na capital tem queda em outubro

A inadimplência em Belo Horizonte teve queda de 0,3% em outubro na relação com igual mês do ano passado. Na mesma base de comparação, a recuperação de crédito avançou 0,7% na capital mineira.

Já no acumulado deste ano, a inadimplência caiu 1,6% na Capital e a recuperação do crédito subiu 5,2%, indicando movimento semelhante. Na passagem de setembro para outubro, a inadimplência caiu 2,5%, enquanto a recuperação de crédito elevou-se em 10,2%. Situação diferente da média do País.

No Brasil houve estabilidade na inadimplência (0%) em outubro em relação ao mesmo mês de 2018 e aumento de 0,2% na recuperação de crédito em igual confronto. E no acumulado dos dez primeiros meses deste ano a inadimplência recuou 2,6% e a recuperação de crédito 3,2%. Na comparação com o mês imediatamente anterior, os resultados nacionais foram de -3% e -3,4%, respectivamente.

Segundo o economista Flavio Calife, a combinação dos movimentos indica que em Belo Horizonte, por exemplo, está havendo uma melhora na situação financeira das pessoas, enquanto na média nacional, o cenário está se mantendo o mesmo.

“Os dois dados conjugados – queda na inadimplência e aumento da recuperação de crédito – é um indício importante da recuperação econômica do consumidor. Ele está pagando suas contas, embora a baixa atividade no comércio indique também que ele está comprando menos. Mas, ainda assim, não comprar, mas pagar dívidas antigas já é um bom indício”, analisou.

Dessa maneira, conforme Calife, a redução da inadimplência pode indicar o aquecimento da economia, mas, por outro lado, também mostra cautela, com os consumidores evitando contrair compromissos. Ele ponderou ainda que o comércio de uma maneira geral, nos últimos meses, registrou uma melhora na atividade, o que confirma a hipótese da cautela diante do cenário.

Para os próximos meses, segundo o economista, a tendência é de que haja elevação na inadimplência tanto em Belo Horizonte quanto no cenário nacional. A justificativa é sazonal. Segundo ele, já é esperado que neste período as pessoas contraiam mais dívidas, em função das compras de fim de ao e os tradicionais compromissos financeiros de início do exercício, como pagamento de impostos, matrículas e compra de materiais escolares.

“Além disso, o aquecimento observado no comércio nos últimos meses nos indica que o efeito que geralmente observamos no segundo trimestre do ano – de elevação da inadimplência, em função destas compras –, poderá ser antecipado”, disse enfatizando que a expectativa é que a recuperação de crédito mantenha a curva de crescimento, em função de recursos do FGTS e do próprio 13º salário que, na maioria das vezes, são usados pelos consumidores para quitar dívidas.

Fonte: Diário do Comércio

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