Alsol investe R$ 100 milhões em usinas fotovoltaicas em Minas

A Alsol Energias Renováveis, empresa do grupo Energisa, inaugurou sua quarta usina solar fotovoltaica própria em Minas Gerais, mediante aportes de R$ 100 milhões. A unidade Granja Marileusa I está localizada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e conta com 6 megawatts-pico (MWp) de capacidade de geração. O investimento contempla ainda a entrega de mais duas usinas até o fim deste ano, na mesma região.

As quatro usinas já inauguradas este ano (Jardim II, Capim III e Santa Rosa, além da Granja Marileusa I) possuem capacidade de geração de aproximadamente 20,3 MWp – energia suficiente para abastecer 20 mil residências. Apenas a Granja Marileusa I, recém-inaugurada, é composta por 20 mil placas e é capaz de abastecer 6 mil casas.

As outras duas plantas, que serão entregues nos próximos meses, estão sendo construídas nos municípios de Iraí de Minas e Piumhi e possuem 6 megawatts-pico de capacidade de geração cada.

Durante o evento de inauguração da fazenda solar, o CEO do Grupo Energisa, Ricardo Botelho, enalteceu o posicionamento do Brasil no setor, citando-o como 16º país em geração solar no mundo e destacando o crescimento de 92% da geração por esta matriz, nos últimos anos. Segundo ele, as iniciativas da Energisa visam consolidar a energia renovável por meio de diferentes fontes em todo o País.

“A Alsol carrega o DNA da nossa companhia e está impulsionando o desenvolvimento tecnológico da energia brasileira. Estamos reinventando os rumos da energia renovável no nosso País. A Energisa quer colocar o futuro ao alcance de todos e, assim, contribuir para a transição energética, de maneira que tanto o Brasil quanto Minas Gerai, permaneçam líderes em todo o mundo”, afirmou.

Para isso, a empresa vai continuar investindo no setor. Conforme o presidente, estão previstos projetos da Alsol para áreas estratégicas, que agregam valor à energia sustentável e aos equipamentos, de maneira que toda a rede seja beneficiada. Somente assim, segundo Botelho, os projetos serão viáveis independentemente de subsídios.
“Ainda são grandes os desafios. A geração sustentável gera emprego e traz progresso, mas ainda depende de mudanças na legislação para não onerar o consumidor. Por isso, a oferta de incentivos aliada a uma política fiscal equilibrada, ainda se faz necessária”, explicou.

Governador – Também presente na inauguração, o governador Romeu Zema (Novo), que deu o start no funcionamento da usina, ao lado de Botelho, do fundador e CTO da Alsol, Gustavo Malagoli Buiatti e do presidente da Algar, Luiz Alexandre Garcia, disse que a concessão de incentivos para a área energética renovável não lhe causa nenhuma preocupação, mas sim, a certeza de que Minas Gerais está no caminho certo.

“Este tipo de energia significa mais abundância, o que também a torna mais barata. E nada melhor para atrair novos investimentos, principalmente os industriais, do que energia barata. Por isso, fico satisfeito de inaugurar mais um projeto como este. E, no que depender de nós, vamos manter os benefícios tributários o máximo possível”, garantiu.

Zema aproveitou o momento para fazer um balanço dos 20 meses de governo, citou ações em diversas frentes como saúde, segurança pública e educação. Ainda no campo econômico, ele atribuiu a atração de investimentos, geração de emprego e renda para o Estado às medidas de desburocratização que sua equipe vem fazendo.

“Não existe milagre. Existem ações que precisam ser feitas e, assim, o resultado aparece. Temos trabalhado incansavelmente para reduzir obstáculos para quem investe, gera emprego e impostos. Minas virou um Estado hostil nos últimos anos, afastando muitos empreendimentos”, afirmou.

O governador completou que seu governo tem atuado para simplificar, desburocratizar e digitalizar tudo que é possível. “Queremos transformar este Estado em um estado que confia no cidadão, no produtor rural e no empresário. A médio e longo prazos isso vai fazer grande diferença. E já está fazendo. Em visita à Usina Coruripe, em Iturama, ficamos sabendo que irão anunciar, em breve, novos investimentos em etanol. O Brasil está acordando e Minas Gerais ainda mais”, completou.

PARCERIA COM BANCO VAI INOVAR A VENDA DE ENERGIA

A energia gerada por fazendas solares é consumida, majoritariamente, por micro, pequenas e médias empresas de segmentos como comércio e serviços. No modelo da Alsol, que realiza todos os investimentos e comercializa as cotas de energia solar, as MPMEs podem ter descontos de aproximadamente 20% na fatura de energia.
É o que explicou o CTO da empresa, Gustavo Malagoli Buiatti. “No caso da Granja Marileusa I as cotas já estão todas comercializadas. Já das unidades que serão inauguradas nos próximos meses, ainda não”, contou.

Na ocasião, também foi anunciada parceria da Alsol com o Banco Inter para fornecimento de energia fotovoltaica para residências a um custo mais competitivo e sem a necessidade de instalação de placas fotovoltaicas. De acordo com o CEO do Grupo Energisa, Ricardo Botelho, a oferta do serviço estará disponível a partir de novembro e será feita 100% digital, por meio do Super App Inter, para correntistas que residam em Minas Gerais.

“A expectativa é destinar inicialmente 9 megawatts de seu portfólio de usinas para esta parceria e ampliar a oferta de acordo com a demanda dos clientes”, anunciou.

Além disso, a nova usina em Uberlândia também será o terceiro ponto de recarga de veículos elétricos do projeto MoovAlsol, em que a energia que abastece os carros provém diretamente das usinas solares. O projeto também está testando um sistema de carregadores rápidos que viabilizam o percurso Brasília – Campinas (900 km) em um só dia, com uma parada rápida em Uberlândia, utilizando um dos modelos da frota. Os testes estão sendo realizados com frotas de empresas locais parceiras.

ROMEU ZEMA DEFENDE A PRIVATIZAÇÃO DA CEMIG

Durante a solenidade de inauguração da usina fotovoltaica Granja Marileusa, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, ao discursar e falar da importância da energia na atração de investimentos para o Estado, o governador Romeu Zema (Novo) voltou a defender a privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Segundo ele, a estatal está exaurida e precisa de R$ 15 bilhões para ser reestruturada. “A privatização é a única solução viável hoje. Outra alternativa seria o aporte de R$ 15 bilhões na companhia. O governo não consegue pagar nem o funcionalismo em dia”, admitiu.

O governador argumentou que, hoje, o Estado não consegue investir o valor necessário para salvar a Cemig, e que o setor privado teria mais condições de tocar a empresa. Apesar de citar com veemência o assunto, Zema afirmou que ainda não há previsão do encaminhamento do projeto de privatização à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Questionado pela reportagem se este seria o grande foco de sua gestão em 2021, ele disse que a prioridade continua sendo concluir a negociação da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). “Nós queremos encaminhar primeiro o projeto da Codemig que é menos complexo e trará recursos igualmente importantes. Mas sabemos que o processo é lento e passa por diversas etapas de análise na Comissão de Valores Mobiliários, Ministério da Economia e até BNDES”, afirmou.

ATLAS RECEBE SINAL VERDE PARA ADQUIRIR PROJETOS

São Paulo – Uma empresa do grupo Atlas, controlado pelo fundo de private equity Actis, recebeu autorização do órgão brasileiro de defesa da concorrência para a aquisição de projetos solares pré-operacionais em Minas Gerais e São Paulo.

A transação, que envolve a Atlas Casablanca Comercializadora de Energia e a desenvolvedora de projetos Powertis, com sede na Espanha, foi aprovada sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de acordo com despacho no Diário Oficial da União de sexta-feira (25).

O negócio vem à tona pouco depois de executivos da Atlas terem afirmado à Reuters, em julho, que a empresa focada em energia solar tem planos de até dobrar a carteira de ativos no Brasil nos próximos três anos.

As empresas assinaram memorando de entendimento que prevê a compra pela Atlas da totalidade do capital social de sociedades controladas pela Powertis responsáveis pela implementação de usinas fotovoltaicas com previsão de início das operações em fevereiro de 2022 e janeiro de 2023.

“A Atlas Energia acredita que o mercado de geração de energia solar está em expansão no Brasil, de forma que a aquisição… representa uma boa oportunidade de investimento. Para a Powertis, a operação representa uma oportunidade de arrecadar recursos para novos negócios”, apontou o Cade em parecer.

A Atlas faz parte de um grupo com negócios de geração renovável no Chile, México e Uruguai, além de parques em operação na Bahia e no Ceará.

Já a Powertis pertence à Soltec Power Holdings, especializada na fabricação e execução de projetos de energia solar na Europa e América Latina.

O valor da operação entre as empresas não foi revelado.

O Cade avaliou que a transação não gera riscos à concorrência, dado o baixo percentual de participação das empresas no mercado.

Fonte: Diário do Comércio

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