O Banco Inter anunciou, no dia 06/01, a criação de dois índices de fundos imobiliários (FIIs) listados na B3. De acordo com a empresa, a ideia é que os investidores tenham referências para acompanhar o desempenho desses ativos.

Um dos índices recebeu o nome de IFI-E e é formado pelos fundos cujos investimentos são feitos em imóveis para rentabilidade proveniente de aluguéis, os chamados “fundos de tijolos”.

Já o segundo índice, o IFI-D, é composto pelos fundos cujos investimentos são focados nos títulos imobiliários, como LCIs e CRIs, também conhecidos como “fundos de papéis”.

De acordo com comunicado do Banco Inter, “ambos os índices foram calculados seguindo a metodologia de cálculo de retorno total, o que significa que incluem a valorização da cota e o ganho de dividendos”.

A economista-chefe da empresa, Rafaela Vitória, explica que um dos motivos que levaram o Banco Inter a criar os dois índices é a diferenciação que existe entre eles – a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), historicamente, juntou os dois índices em um grupo, criando um só índice, o IFIX.

“Existe uma diferença muito grande na característica do ativo. No fundo de tijolo, há o imóvel, o aluguel pode subir, por exemplo, e existe também a vacância. Já o de papéis tem a característica de ser um índice mais de renda fixa. O CRI ou LCI não têm o mesmo potencial de crescimento”, destaca.

Além disso, outra motivação para a criação dos índices tem a ver com o fato de que o Banco Inter também está desenvolvendo dois fundos de fundos imobiliários, que devem ser lançados ainda neste mês. Eles irão replicar os índices criados e irão atuar como um tipo de Exchange Traded Funds (ETF) com foco no segmento de FIIs.

“Nossa expectativa é que esse índice possa ajudar no investimento nessa característica de ativo. A gente vai dar a estratégia e o produto, facilitar o investimento”, ressalta Rafaela Vitória.

Mercado – Os FIIs têm alcançado bons números ao longo do tempo, mostrando todo o seu potencial. Até novembro do ano passado, as novas emissões dos fundos chegaram a levantar mais de R$ 34 bilhões em captações, contra os R$ 11 bilhões verificados em 2018, de acordo com os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O número de fundos listados na B3 já ultrapassou a marca dos 200.

De acordo com Rafaela Vitória, o setor deve continuar a crescer de maneira expressiva neste ano, tanto no que diz respeito a novas ofertas de fundos registrados quanto a novos fundos.

“O setor imobiliário ganhou nessa estrutura de fundo uma importante fonte de captação”, diz ela, lembrando que o segmento ficou em crise durante vários anos, mas que agora está auxiliando a melhoria da economia. “A taxa de juros em queda tem impulsionado novos investimentos em novas classes de ativo”, ressalta.

Fonte: Diário do Comércio

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