As famílias de Minas Gerais com rendimento de até dois salários mínimos (R$ 1.908) comprometem uma parte maior de seu orçamento em despesas com habitação do que aquelas com rendimentos superiores a 25 salários mínimos (R$ 23.850). O grupo habitação representa 40,2% das despesas das famílias com menores rendimentos e 19,71% das despesas entre aquelas famílias com os rendimentos mais altos.

Na média, as famílias mineiras comprometem 28,08% de seu orçamento com despesas de habitação, que compreendem aluguel, condomínio, taxas de serviços públicos, como água e energia elétrica, manutenção do lar, mobiliário e eletrodomésticos. Estes dados são dos primeiros resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, divulgados na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Outras despesas significativas no orçamento dos mineiros são aquelas com alimentação e transporte. As despesas com alimentação representam 15,68% do orçamento familiar, enquanto as com transporte correspondem a 15,08%. Aqui também se verificam diferenças significativas entre as faixas de renda. No que diz respeito à alimentação, as famílias com rendimento de até dois salários mínimos comprometem 21,92% de seus rendimentos, enquanto aquelas com rendimentos superiores a 25 salários mínimos tinham 8,76% de seu orçamento destinado às despesas de alimentação.

No transporte, ocorre uma inversão: as famílias com rendimentos superiores comprometem parte maior de seus rendimentos (16,81%) com este tipo de despesa, enquanto as famílias que recebem até dois salários mínimos despendem 9,09% de seus rendimentos com transporte.

A pesquisa revela também que alimentação, habitação e transporte comprometem, em conjunto, 71% dos gastos das famílias mineiras, no que se refere ao total das despesas de consumo. Os outros itens que mais contribuem para as despesas das famílias em Minas Gerais são a assistência à saúde (8,92%), vestuário (4,55%) e educação (4,50%).

A participação da despesa com alimentação fora do domicílio no total de despesas com alimentação das famílias mineiras foi de 38,83%, ainda segundo a POF 2017-2018.

Nestas classes de despesas, também se nota uma diferença significativa entre as classes de rendimento. Enquanto nas famílias com rendimento de até dois salários mínimos as despesas com alimentação fora de casa representam 28,78% das despesas com alimentação, este percentual se eleva para 52,49% nas famílias com rendimentos superiores a 25 salários mínimos.

Com relação ao rendimento total familiar, o valor médio recebido em Minas Gerais no período de referência da pesquisa era de R$ 5.091,40 por família – inferior à média nacional, que era de R$ 5.426,70. Este rendimento total era composto principalmente pelo rendimento do trabalho (53,28%) e de transferências como aposentadorias, pensões e programas sociais (21,95%). O rendimento total familiar ainda se compõe de rendimentos de aluguéis, outras rendas, rendimento não monetário e variação patrimonial.

Fonte: Estado de Minas

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