O endividamento da população de Minas Gerais retraiu 0,59% em julho, se comparado com igual período do ano passado, quando foi registrado aumento de 1,39%, segundo o Indicador de Inadimplência do Conselho Estadual do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

A redução pode ser justificada pela menor inflação, queda nos juros e aumento do número de pessoas no mercado de trabalho. Há oito anos, não era registrado recuo na inadimplência no mês de julho.

Na comparação com junho, também houve retração da inadimplência de 0,69%. Alguns fatores têm colaborado para que os consumidores do Estado saiam do cadastro de pessoas inadimplentes e retornem ao mercado de crédito.

O destaque fica também para o fato de que Minas Gerais foi o Estado que mais gerou empregos ao longo do primeiro semestre. Em comparação com o ano passado, o crescimento foi de mais de 50% no número de vagas abertas. Nos últimos 12 meses, também houve aumento de vagas abertas, passando de 45.995 pessoas entre agosto de 2017 e julho de 2018 para 75.329 pessoas de agosto de 2018 a julho de 2019. […]

O aumento de vagas tem um impacto direto e positivo na geração de renda para as famílias, o que estimula a quitação de dívidas e permite que o consumidor volte a ter acesso ao crédito e recupere o poder de compra.

Dívidas em atraso – De acordo com o Indicador de Dívidas em Atraso, em julho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve redução de 4,33% no número de débitos pendentes. Esse decréscimo é reflexo da melhora no cenário econômico em relação aos anos anteriores, que tem permitido aos consumidores quitar as dívidas. Vale ressaltar que a retração é a maior queda para o mês nos últimos anos.

Também cabe destacar que o número médio de dívidas está caindo. Em julho de 2019 foi de 1,95. Já no mesmo período do ano de 2018 foi de 2,02.

Na variação mensal de julho contra junho, foi registrada uma retração de 1,13% nas dívidas atrasadas. Além do aumento da geração de vagas, a inflação controlada e a queda da taxa de juros contribuem para que o consumidor consiga renegociar e quitar as dívidas. […]

Para os próximos meses, as expectativas são positivas. Além do pagamento do 13º salário, a liberação dos saques do FGTS irá contribuir para a maior quitação de dívidas e da inadimplência. […]

A expectativa é de que os indicadores mantenham a tendência de queda nos próximos meses. […]

Fonte: Diário do Comércio

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