Luciano Gontijo
Tabelião do 1º Tabelionato de Protesto de Títulos de Conceição do Mato Dentro/MG

Antes mesmo dos desafios trazidos pela pandemia de coronavírus o endividamento já era um dos mais sérios entraves na vida do brasileiro comum. Forçadas por um lado pelo desemprego, doença ou divórcio; e por outro os mecanismos do consumo impulsivo, crédito fácil, a busca de “status” e as sorrateiras despesas fantasmas, as 67% de famílias brasileiras endividadas destinam em média 25% de seu orçamento para o pagamento de juros. Os juros consumem a saúde física, mental e mesmo espiritual de seus devedores; e não poucas são as limitações e repercussões sociais da condição de endividado, que constrói a riqueza de quem recebe juros.

Auto-responsabilidade parece ser uma palavra chave para a solução deste problema. Deixar de atribuir aos outros ou às circunstâncias a causa de seus males e estar disposto a mudar a postura mental (“mindset”). Interessante indagar qual o sentimento relacionado com as dívidas e sua causa mais remota; e a partir daí adquirir novos e mais racionais hábitos. É possível consumir com ponderação, impor-se um orçamento “padrão zero” e exercitar o planejamento financeiro. Sacrifícios podem e devem ser temporários e interativos com nosso círculo familiar, associados à inteligência desenvolvida quantos aos investimentos e planos de benefícios. Ter um plano de ação em etapas celebrando a conquista de cada uma delas. Negociação é uma outra palavra chave, e toda atitude deve confluir para a busca de um bom refinanciamento, livrando-se em primeiro lugar das dívidas mais incômodas e com maior taxa de juros.

Recuperar créditos que eventualmente tenhamos com terceiros é fundamental neste contexto; e o meio comprovadamente mais eficiente, com eficácia de recuperação de 70% a 90%, é pelo protesto gratuito de dívidas.

A liberação do peso das dívidas pode se tornar uma jornada de superação e muito aprendizado e ser o primeiro passo para a construção da uma vida próspera, sendo bem certo que por mais longa que seja começa no primeiro passo acessível aqui e agora.

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