Em 24 de janeiro, antes do pânico pelo coronavírus, o valor de mercado do Ibovespa era de R$ 4,04 trilhões
O Ibovespa recuperou, somente nesta semana, boa parte do valor de mercado perdido com a onda global de aversão ao risco provocada pelo surto do coronavírus na China.
Até esta tarde, os 73 ativos que formam o principal índice de ações da bolsa brasileira somavam R$ 3,96 bilhões em valor de mercado. Esse montante representa uma recuperação de R$ 81bilhões, ante os R$ 3,88 trilhões contabilizados na última sexta-feira (31).
Em toda a semana passada, as incertezas em torno da disseminação da doença na China e pelo mundo e, consequentemente, seus efeitos econômicos deixaram os mercados mundiais em clima de cautela. Os investidores fugiram de ativos de risco.
No dia 27, a China anunciou a decisão de estender o feriado do Ano-Novo lunar, com volta dos mercados financeiros somente no dia 3 de fevereiro. Naquela semana, o número de mortos e infectados saltou a cada dia, companhias aéreas cancelaram voos para o país e os preços das commodities despencaram. Em Londres, o barril do petróleo Brent para março caiu 12% em janeiro, enquanto o minério de ferro recuou 13%.
Agora, nesta primeira semana de fevereiro, medidas anunciadas pela China e a volta dos mercados financeiros por lá trouxeram certo alívio. Entre os anúncios feitos pelo Banco do Povo da China (PBoC) está a injeção de cerca de US$ 240 bilhões no mercado financeiro.
Atualmente, o número de mortes confirmadas pela doença chegou a 490 e o de infectados ultrapassa 24 mil.